Uma semana, três jogos, duas derrotas, uma vitória, duas classificações. Falando assim e olhando apenas o lado bom, parece que a semana do Clube de Regatas Brasil foi tranquila. Ledo engano, conversa para acalentar bovinos.

Vamos aos fatos: primeiro ato - goleada acachapante para equipe do ASA de Arapiraca - um vexame, uma derrota inesperada da forma que foi, um time apático, medalhões andando em campo, o sub 30 do CRB está preocupando tanto na parte física (que já era esperado), quanto na parte técnica. Uma partida ( CRB 1 x 4 ASA ) dentro de casa, diante do seu torcedor no Rei Pelé, daquelas de derrubar treinador, comissão técnica, preparador físico, gerente de futebol, vice, presidente, gandula, todos! Exatamente todos.

Segundo ato - Atlético/BA 1 x 0 CRB pelo Nordestão. Não havia tempo para lamentações nem demissões, dois dias depois da goleada vergonhosa no Rei Pelé para o ASA no Alagoano, o Galo já estava em campo novamente, agora pela Copa do Nordeste e contra o estreante na competição, o Atlético de Alagoinhas, onde o CRB já estava classificado e usou um time alternativo, com esquema tático diferente ( três zagueiros, para enfrentar o fortíssimo Atlético). Segundo o técnico Marcelo Cabo, “fizemos um grande jogo”. É, Marcelo Cabo, um time que leva quatro gols em casa e no próximo jogo leva apenas um jogando fora, realmente, é uma evolução. Ironicamente o time só levou o gol depois que entraram em campo os jogadores considerados titulares.

Terceiro ato - vida ou morte, CSE 0 x 1 CRB. Enfim, redenção! - o Galo não fez nada além da obrigação, diga-se de passagem. A classificação não apagou o mal desempenho dentro de campo da equipe, tampouco a vergonha da queda na primeira fase da Copa do Brasil, muito menos a goleada vergonhosa no Rei Pelé para o ASA. E quis o destino que a semifinal do estadual fosse logo contra o maior rival, CSA. Agora, derrotando o rival nas semis, aí sim, o torcedor esquece o início de ano trágico e chega renovado e aplaudido de pé para a Série B.